7 mil milhões

Na altura em que o cristianismo surgiu a população mundial estimava-se que corresponderia a cerca de 300 milhões, as taxas de natalidade altas juntamente com as taxas de mortalidade elevadas, fez com que a população não crescesse muito, só passados 1600 anos é que a população duplicou para os 600 milhões.

Em 1750, estimava-se que habitassem no planeta 791 milhões de pessoas, 64% na Ásia, 21% na Europa e 13% em África, e só em 1802 alcançamos o primeiro mil milhões. O inicio da revolução agrícola e industrial fez com que não fosse preciso esperar mais 1600 anos para duplicar o número da população, em apenas 125 anos passamos a ser 2 mil milhões. Em 1961 éramos três mil milhões, passado 39 anos tínhamos novamente duplicado (seis mil milhões), estamos em pleno crescimento explosivo. A partir de 1960, mais ou menos a cada 12 anos aumentávamos mais um mil milhões. Antes do século XX nenhum ser humano tinha assistido à duplicação da população humana em vida, actualmente existem pessoas vivas que assistiram à sua triplicação.

Em 1900, nove em cada dez pessoas viviam no campo, actualmente, em vésperas de atingirmos o número recorde de sete mil milhões, passarão pela primeira vez a viver mais pessoas nas cidades do que no campo, a percentagem de seres humanos com um nível de vida aceitável será a mais elevada de sempre, o que não quer dizer que as desigualdades tenham desaparecido. Existe agora um amplo grupo de pessoas com rendimento médio, uma classe social que mal se notava há 50 anos.

Em 2000 a Organização das Nações Unidas estimou que a população mundial crescia a um ritmo de 1,2% por ano, o equivalente a 77 milhões de pessoas. Nesta altura a China é o país mais populoso do mundo, com 1.300 milhões de habitantes, mas devido às suas medidas anti-natalidade, o crescimento natural diminuiu, e em breve a Índia vai atingir os 1.600 milhões de habitantes, ultrapassando assim a população chinesa, que nos dias de hoje detêm o rosto típico de um ser humano. O ser humano típico actual, em termos estatísticos, é um chinês (China é o país mais populoso) do sexo masculino (existe em média 1,01 homem para cada mulher), de etnia han (maior grupo étnico), com 28 anos (maior grupo etário), quando a Índia ultrapassar a China, o rosto típico passará a ser de um indiano.

Até 2050 espera-se que a população atinja os 9 mil milhões, entre um intervalo de 8 milhões e 10.500 milhões, prevê-se que o crescimento demográfico explosivo acabe nessa altura, então a população ficará estável ou começará a diminuir aos poucos. O crescimento acelerado da população, embora seja a nível mundial, tem se concentrado nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade continuam elevadas, e as taxas de mortalidade graças às ajudas dos países desenvolvidos têm diminuído.

À 12 anos nascia a pessoa numero 6 mil milhões, agora somos 7 mil milhões, é um numero que nem dá para se perceber muito bem.

O rosto dos 7 mil milhões.